Os movimentos artísticos/intelectuais cibernáuticos crescem
a um ritmo completamente alucinante a cada dia que passa. E como eu sou um individuo
que gosta de integrar este tipo de movimentos de massa (talvez numa busca
exaustiva de atenção) decidi dar o meu contributo cultural.
Embora este seja um post com alto teor de pretensão, prometo
que após a sua leitora o leitor talvez se sinta mais instruído. Ou talvez não…
muito provavelmente será invadido por uma súbita vontade de me agredir com um
auxílio de um pau.
Mas, sem mais demoras e rodeios introdutórios vamos dar
início à resenha propriamente dita. Hoje falar-vos-ei de cinema. Inicialmente gostaria
de frisar alguns pontos: eu não sou nenhum cinéfilo purista – sou antes, um
enorme fã e seguidor da sétima arte – nada mais que isso, portanto muito do que
aqui for exposto resultou de um pequeno trabalho de pesquisa alimentado pela
minha curiosidade e interesse para com o mundo cinéfilo.
Sempre que se ouve falar em cinema vêm-nos indubitavelmente
vários nomes à cabeça, como: Jean-Luc Godard, Ingmar Bergman, ou mesmo os irmãos Auguste e
Louis Lumière. Nomes
que marcaram toda a história do cinema, nomes que alteraram paradigmas, nomes
que se não existissem também não existiria o cinema tal como o vemos hoje
confortavelmente em casa ou numa sala na companhia de umas pipocas. Se por um
lado temos o influente e
genial cineasta Ingmar Bergman, um dos mais brilhantes do pós-guerra, o Homem
do teatro que transpõe para o grande ecrã a nobre tradição da dramaturgia
nórdica, por outro lado, temos o Godard. Um dos principais nomes do
movimento vanguardista Nouvelle Vague. No meio disto é-nos impossível deixar de
parte tudo os irmão Lumière, “os pais do cinema”, os inventores do cinematografe.
É exactamente sobre estes dois que
eu me quero debruçar aqui hoje. Muitas das vezes as pessoas incorrem no erro de pensar
que estes foram os criadores do cinema.. Ora, o possível criador do cinema foi
um sábio jesuíta de nome “Kircher”. Este foi o inventor da Lanterna Mágica
ou Lanterna ótica em meados o século XVII, que é nada mais, nada menos, que
o antepassado do projector cinematográfico. Nascido na Grécia Athanasius
Kircher foi um célebre homem de grandes conhecimentos, com estudos e investigações
nos mais diversos campos. Tendo sido um dos primeiros a tentar decifrar os hieróglifos
egípcios. No campo das invenções e das descobertas Leonardo da Vinci, foi de
facto, um elemento importantíssimo pois este já tinha imaginado uma lanterna de
lente convexa, que foi o passo preponderante para a história da projecção de
imagens. Há até quem assegure que o princípio da Lanterna Mágica já havia
sido descoberta por Roger Bacon, um padre franciscano morto em 1294. Com
excepção da Lanterna Mágica, que veio com sucessivos aperfeiçoamentos e
mais do que uma utilização até finais do século XIX, as obras de Kircher foram
ofuscadas pelos trabalhos científicos de Leibniz, de Newton, de Descartes, de
Huygens, de Pascal, de Galileu e outros, como era óbvio.
O funcionamento desta só se deu no
fim do século XVII, em que Johannes Zahn interessou-se pela lanterna mágica
de Kircher e não só criou um novo modelo, mais aperfeiçoada, como chegou a
estabelecer o princípio da combinação do projector e de uma fita desenhada,
principio que não pôs em prática e só muito mais tarde viria a ser aplicado por
Émile Reynaud.
Portanto, podem já fazer o favor
de anotar o nome Kircher pois de facto este foi um elemento essencial para a
criação do cinema que não merece o esquecimento.