sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Deambulações de um tipo razoável

Alô fiéis leitores, ou possíveis leitores.. Bem, como já devem ter dado conta eu tenho andado um bocado afastado dos "postes" (exato, nesses dois sentidos em  que certamente deverão estar a pensar), mas isto curiosamente tem uma justificação. Como em tudo o que eu faço existe uma justificação normalmente viável... Eu tenho andado bastante entretido com diversas atividades e projectos, uma dessas atividades é tentar desvendar o enigma do universo. Ok, neste ponto muitos chamam-me louco, avisam-me que vivo num mundo à parte, que devia ter os pés assentes na terra, que a vida é mesmo assim não há nada a fazer.. Mas como o senhor B fachada afirma: "Gente moralista só despista", e realmente esta breve frase é detentora de todo o sentido e razão! Vejo imensos jovens por aí que vivem sem sonhos conformados com este mundo mastigado, jovens que se deixam apanhar facilmente na rede dos "grandes" senhores e deixam-se igualmente fazer-se escravos " A ignorância é sinónimo de escravidão". Enfim, se tudo correr bem e Darwin estiver certo a seleção natural haverá de atuar..

Como podem constatar eu "perco" demasiado tempo com assuntos que não valem de nada, que não interessam para o mundo, para a sociedade, para a realidade etc. Pois, mas eu gosto de assumir por vezes o papel de um humilde espectador de como quem vai assistir a uma peça de teatro ou a uma bela obra cinematográfica e deixo-me estar por breves instantes a fazer o exercício de observar e analisar com todo o cuidado o dia-a-dia deste planeta.. No fim tiro uma conclusão, retiro uma lição e normalmente faço uma crítica. Se achar que é fofinha e se tiver tempo ainda a partilho com vocês!

Ultimamente tenho reparado que a humanidade não sabe o que quer, que não tem tempo para nada, que diz em cada instante que o tempo não chega para fazer o que deseja, por que lhe falta, principalmente, a energia para pôr em prática os seus objetivos. É incrível como nos dispersamos por múltiplas actividades, na ânsia de chegarmos a tudo! Eu próprio considero-me uma vítima desta doença.
Perdemos o essencial: a liberdade, que não pode ser encontrada no ritmo da vida moderna, onde os conflitos profissionais, as pressões da faculdade, as discórdias familiares, a alucinação da velocidade, o ambiente insalubre das salas de espectáculos contribuem largamente para a nossa alienação. Censuro a função alienante da informação, proveniente das revistas, dos jornais, da rádio, da televisão... E admito que esta força diluviana, longe de resolver os problemas, apenas intensifica a dúvida, a incerteza, a confusão... Porque, perdidos a contemplar a multiplicidade dos caminhos, tornamos-nos cada vez mais incapazes de um juízo correto, de uma atitude criadora. 
 Insurgi-me contra a expressão derrotista "passar o tempo", porque o mais importante é saber "viver o tempo, ocupando-o de forma mais útil à evolução e ao progresso, com certeza plena de que cada momento é um marco fundamental, um desafio à inteligência e à imaginação.

Existe uma grave crise de entusiasmo que afecta a humanidade, Não aquele entusiasmo que faz vibrar os fãs num bom concerto ou de quem participa numa festa mundana. Mas outra espécie de entusiasmo: o entusiasmo silencioso que acompanha o artista no momento da criação, o entusiasmo que nos projeta alegremente no trabalho mobilizando todas as forças da alma, rumo a um objetivo superior. Temos de descobrir o artista que existe em cada um de nós, o artista é um gerador de ideias e começa a estar na hora de a nossa sociedade começar a ser uma praticante assídua do neurofitness! Com certeza as coisas seriam muito mais diferentes a nível da criação, inovação, ambiente de trabalho, ambiente familiar, na busca da própria felicidade e realização pessoal. Talvez se cada um encontrar a sua identidade e felicidade o mundo se torne um pouco melhor...

domingo, 25 de agosto de 2013

Recontro de uma Sociedade entretida

Eles andam constantemente distraídos
Por isto por aquilo, por jovens bilionários que são heróis nacionais, por picarias do mundo cor-de-rosa..
E pouco é o tempo para se compreenderem
Para se perderem na realidade do fantástico
Na sua erma consciência…
Sobressaem-lhe mudos os pensamentos, são raros os devaneios de lucidez
Escasseiam-lhes as ideias.. Vivem no seu hipotético oceano de certezas
Deixam-se vogar pela ignorância, duplos seres sem forma, sem identidade…
Ó Pátria pouco sã para onde vais tu caminhar?
Saio a correr de mim mesmo, qual louco,
Com fé da vida ser apenas um sonho
O mundo todo me entra, olhos dentro
E enche-me de mágoas a minha alma..
Um continente que foi abandonado, consumido pelo dinheiro!
Deixaram-se robotizar, as ideias na sua cabeça foram marteladas
E com apreço eles as aceitaram
Estando elas certas ou erradas…
Por isso, quaisquer humanos mortais,
Que se ufanem muito do seu saber,
Custe-nos aqui ter que o dizer:
Poderão não ser muito racionais!
Que continuem a dar ao gravatinha o poder de mandar,
Seja ele arrojado e genuíno,
Racional no processo de pensar
E justo e generoso a decidir

Prossiga por si próprio com o seu destino de naufragar!