domingo, 14 de julho de 2013

A Ciência da Educação e a Educação da Ciência.

  Hoje estou numa de dar asas às minhas intrigas; e porque não abordar temas incendiários e que incomodem o equilíbrio do sistema e quiçá do universo? A mim dá-me prazer e para quem lê é capaz de ser um entretenimento mais agradável do que estar especado a ver reality shows ou outras baboseiras que saem do quadrado negro. Ou então não… Mas prefiro pensar que sim.

  Hoje apetece-me abordar a ciência e a educação até porque é um meio onde estou parcialmente inserido visto que sou um pseudo-estudante de ciências farmacêuticas, ou pelo menos tento ser.

  Vamos começar do início, vamos começar por aqueles que chegam às conclusões, aqueles que criam o conhecimento e posteriormente o passam ao outro, os Cientistas. Cada cientista possui uma identidade, um rosto intelectual, uma história existencial. Muitos deles gastaram os melhores anos das suas vidas no processo de produção de conhecimento e, durante esse período, foram tomados pela insegurança, pela ansiedade, por desafios, por frustrações e pelo sucesso. Muitos tiveram de romper paradigmas intelectuais da sua época e, por isso, foram incompreendidos, rejeitados, discriminados. Como pensadores possuem uma história rica. Porém, infelizmente, o  conhecimento que produziram é transmitido friamente nas salas de aula, ou seja, é veiculado  sem um enquadramento histórico, sem identidade, sem "rosto". O conhecimento na educação unifocal é transmitido de modo acabado, proto e sem aventuras, como se tivesse sido produzido por um milagre da mente.

 Uma das melhores maneiras de estancar o debate de ideias e matar a criatividade intelectual é transmitir o conhecimento de uma maneira fria, pronta e acabada, como se fosse uma verdade sem história, uma verdade inquestionável.

  Qualquer área das ciências tem identidade e um rosto. A transmissão de conhecimento realizada sem rosto intelectual, sem debate, sem crítica, sem arte, sem desafio nem teatralização da história da produção do conhecimento não estimula o desenvolvimento da inteligência. Decorar porque sim é robotizar-se é perder a criatividade, é perder a originalidade, é perder uma identidade... É acabar com a inovação é acabar com o amor ao conhecimento! É formar uma colectânea de marionetas que pouco sabem daquilo que tentaram processar.

É tempo de começarem a pensar em novos sistemas e na mudança!

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