Gosto bastante de me intrigar e depois de me intrigar gosto de investigar o que está por detrás dessa"intrigação"... Isto porque tenho demasiado tempo livre (ou não,porque até estou em plena época de exames) mas adiante..
Vou então tentar expor um pouco das minhas intrigas, só porque isto é capaz de me fazer mal se guardar só para mim... Ora bem, a problemática em estudo é "porque raio (aqui, quero salientar o raio) o oriente é uma economia em expansão e o ocidente não, porque raio os asiáticos são dotados de enormes capacidades para a tecnologia, lógica, matemática e nós não?"Primeiro tentei saber o que era igual entre nós (ocidentais) e os orientais para depois tentar perceber as diferenças, andei em busca de pequenos pormenores que pudessem fazer diferença. Mas, enquanto andava a fazer o meu"estudo" reparei que já havia uns estudos semelhantes de outros indivíduos que provavelmente também carecem de sanidade mental; e o estudos deles até faziam sentido e iam de encontro ao que procurava:
Eram académicos, da Universidade do Quioto e da Universidade do Michigan, dedicaram anos ao estudo das diferenças de pensamento e perceção entre asiáticos e ocidentais. Uma das experiências, até relativamente famosa. Em que Nisbett (um conceituado professor da Universidade do Michigan) mostrou uma fotografia de um aquário a japoneses e a americanos e lhes pediu para descreverem o peixe maior e mais impressionante do aquário. Os japoneses fizeram sessenta por centro mais referências ao contexto e a elementos da imagem, como a água, as bolhas e as plantas do aquário.
A conclusão de Nisbett foi que, em geral, os ocidentais centram a sua atenção na ação do indivíduo, enquanto os asiáticos se centram nos contextos e nas relações. A sua proposta é que, pelo menos desde a Grécia Antiga, o pensamento ocidental colocou a ênfase na ação individual, nos traços permanentes do carácter, na lógica formal e em categorias delimitadas. Ao longo de um período ainda maior,o pensamento oriental colocou-a nos contextos, nas relações, na harmonia, no paradoxo, na interdependência e na propagação de influências."Assim", escreve Nisbett, "para um asiático, o mundo é um local complexo, composto de um contínuo de substâncias, percetível do seu todo e não das suas partes e mais sujeito ao controlo coletivo do que ao controlo individual". Trata-se de uma generalização, mas Nisbett e muitos outros investigadores deram-lhe substância através de resultados e observações experimentais. Os pais de língua inglesa, por exemplo, colocam a ênfase nos nomes e nas categorias quando falam com os filhos; os pais coreanos colocam-na nos verbos e nas relações. Quando se lhes pedira que descrevessem gravações em vídeo de uma complexa cena de aeroporto, os alunos japoneses recordaram mais pormenores do cenário do que os alunos americanos.
Colocados perante fotografias de uma galinha, uma vaca e de uma zona com erva, tendo-lhes sido pedido que hierarquizassem as três coisas,os alunos americanos destacaram a galinha e a vaca (espero que não tenha havercom o KFC e o Mc Donals) e os chineses, a vaca e a erva, porque logicamente, a vaca come erva e, assim, há uma relação entre elas. Quando lhes foi pedido que descrevessem o seu dia, as crianças americanas com 6 anos fizeram três vezes mais referências a si próprias do que as chinesas. Quando interrogados sobre si próprios, os americanos exageram as razões porque são melhores e se distinguem dos outros, enquanto que os asiáticos exageram os traços de carácter que têm cem comum e as várias formas de interdependência.
Assim, a conclusão a que chegamos é que os orientais e os ocidentais usam diferentes padrões de reconhecimento para ver o mundo; ainda que possa ser um pouco generalista, estes factos e experiências podem responder a minha questão inicial... No mundo tudo baseia-se em pormenores e detalhes e as diferenças básicas entre os orientais e ocidentais, que são claramente evidentes, fazem uma grande diferença no dia em que temos de atuar e mostrar quem somos. Por isso da próxima vez que proferirem "Asians" pensem na rigorosa educação e no trabalho de bastidores que tiveram para fazerem o que estão a fazer com tanta arte e perícia.
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