O leitor conhece aquele tipo de pessoas que só está bem a
dizer mal do nosso país? Essa gente tem um nome, como sabe: chamam-se «portugueses».
Este tema daria pano para mangas, mas hoje não me apetece abordá-lo… queria algo
mais ambicioso, mas para abordar algo mais ambicioso primeiramente tenho de ser
conhecedor do que é a ambição. Portanto permitam-me ter uma profunda incúria
sobre ambição.
A ambição é algo capaz de gerar sonhos, capaz de gerar
realidades… capaz de transformar sonhos em realidades. As pessoas ambiciosas
têm frequentemente uma visão mais nobre do que talvez possam alcançar. Existe o
preconceito comum de que as pessoas ambiciosas são motivadas pelo desejo de
ultrapassar os seus pares, de serem melhores do que toda a gente. Na realidade,
o que motiva a maior parte das pessoas ambiciosas é o desejo de evoluir-se e de
pertencer algum grupo, movimento ou clube exclusivo.
A ambição é uma ferramenta indispensável para quem quer
atingir o progresso e o sucesso.
Vejamos um caso prático, um estudo realizado por um indivíduo,
Gary McPherson em 1977. Ele seleccionou 157 crianças aleatoriamente enquanto
escolhiam um instrumento musical e aprendiam a tocá-lo. Algumas delas
tornaram-se bons músicos e outras fracassaram. McPherson investigou, então, os
traços de cada um para saber a que se devia o progresso de uns e o fracasso de
outros. O QI não se revelou um bom indicador. Nem a sensibilidade auditiva, as
aptidões para a Matemática, o nível de rendimento ou o sentido de ritmo. O
melhor indicador era uma pergunta que McPherson fizera aos alunos antes de
optarem por um instrumento: «Quanto tempo julgas que vais tocar» Os alunos que
responderam que tocariam durante pouco tempo nunca se tornaram proficientes. As
crianças que planeavam tocar durante alguns anos tiveram sucesso modesto. Mas algumas
crianças responderam: «Quero ser músico. Vou tocar a vida toda». Estas crianças triunfaram e tornaram-se em
grandes músicos. O sentido de identidade, ambição que as crianças traziam para
a primeira lição era o rastilho que desencadeava o progresso futuro.
Existe aquela opinião dominante que os génios já nascem com
uma intervenção divina, com um dom sobrenatural. Mas, os génios constroem-se…
Temos o exemplo de Mozart intitulado por muitos de génio. As suas primeiras
obras não são, argumentam os investigadores, atos de génio. Em tenra idade era
um bom músico é verdade, mas não se distinguia entre os melhores intérpretes
contemporâneos. O que o Mozart tinha era algo chamado: Ambição e um anseio por
melhorar as suas capacidades, que posteriormente com infinitas horas de treino
e prática fizeram com que se torna-se num génio, em alguém que se diferenciava
dos meros mortais.
As pessoas com alto desempenho gastam horas a aperfeiçoar metodicamente
o seu trabalho. O fator-chave que separa os génios dos bem-sucedidos não é a
inspiração divina, mas sim a capacidade e ambição para se tornarem cada vez
melhores ao longo da vida.
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